Boa tarde caros leitores, seguirei hoje
as mesmas diretrizes dos meus colegas, o estado de natureza, mas com
uma visão mais liberal, ou melhor dizendo, partindo da visão de
John Locke.
John Locke foi um
filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o
principal representante do empirismo britânico e um dos principais
teóricos do contrato social. Locke determinava que todos os homens
que nascem possuem direitos naturais que seriam, direito à vida,
direito à liberdade e a propriedade, ele concretizou que para se
haver esses direitos plenos o homem instituiu o governo, e afirma que
se o mesmo desrespeitasse os cidadãos poderiam se revoltar contra
eles. Pode ter o conceito da natureza humana de Locke distinto do de
Thomas Hobbes, onde afirma que os sentimentos de liberdade e
igualdade conduzem a guerra constante, mas sim onde se diz respeito a
uma situação de relativa paz, entendimento e harmonia.
Contudo John Locke apesar
de pensar em um lado positivo da liberdade e igualdade no estado de
natureza, ele menciona que para se transferir de um estado de
natureza para uma sociedade cívica onde que tem que haver um
respeito de tais direitos, é necessário instituir um contrato, o
contrato social, no qual o Estado seria o mediador, ou melhor, “dono”
do poder político para assim que se preserve e consolide esses
direitos de cada homem.
É
em nome dos Direito Naturais do homem que o contrato social entre os
indivíduos que cria a sociedade é realizado, e o governo deve,
portanto, comprometer-se com a preservação destes
direitos(MARCONDES, 2008, p. 204)
John Locke conceitua um
estado liberal aquele cujo possui poderes e funções mas são
limitados, assim sendo o avesso de um estado qual o poder é
absolutista que imperou em uma grande parte da idade média e idade
moderna. Da mesma forma, ele se coloca contra ao que hoje é
considerado ser o Bem- estar social ou Estado Social, aquele em que
se viu na antiga União soviética no século XX. Um outro grande
pensador Norberto Bobbio também argumenta que um Estado liberal não
é necessariamente democrático, mas sim o seu oposto, que se realiza
historicamente em sociedades nas quais prevalece a desigualdade à
participação no governo, sendo assim de uma forma restrita,
limitada a classes que as possuem.Locke também nos diz que questões
públicas envolvendo o estado tende ser separadas de questões
religiosas, ou seja, deve ser um estado laico.
Finalizando, que a função
desse Estado “dono” de um poder pólitico deve sim garantir
esses direitos naturais de cada indivíduo, respeitando assim o
direito de liberdade e iguladade, mas pare pra refletir, até onde
liberdade e igualdade conseguem caminhar junto com o molde
capitalista? Vale a pena refletir, e se tem infelizmente em uma
ideologia desta a priorização do indivíduo, deixando a mercê a
verdadeira democracia, assim finalizo com uma questão, é possível
possuir em uma democracia um sistema como este?